Conhecido por grande parte do público, por décadas, como mini Collie, o Pastor de Shetland, se tornou, nos últimos anos, uma raça mais popular — e, felizmente para seus devotados fãs, o público tem superado esse apelido impreciso. De fato, embora o Pastor de Shetland, ou Sheltie, possa se assemelhar muito ao seu primo maior, o Collie , é uma raça distinta com sua própria história.

Como o próprio nome indica, o Sheltie é originário das Ilhas Shetland, situadas no norte da Escócia, sendo um arquipélago exposto às intempéries do mar e aos ventos do norte. O relevo é acidentado, rochoso e com pouca vegetação. Há muito se supõe que as origens desta raça possam ser atribuídas à influência de cães tipo Spitz trazidos da Escandinávia pelos primeiros habitantes, ao King Charles Spaniel e a outros cães nativos das ilhas, além do Collie Escocês. A mistura exata que deu origem à raça permanece envolta em mistério e ainda é debatida.

Os habitantes das ilhas Shetland empregavam esses pequenos cães resistentes para várias tarefas na fazenda, incluindo manter pássaros e ovelhas longe das hortas. Os cães também alertavam os donos sobre a aproximação de estranhos e serviam como companheiros da família. Shelties eram frequentemente usados para conduzir e proteger os rebanhos de ovelhas em áreas remotas das ilhas. Com o passar do tempo, os cães passaram a ser uma fonte de renda para alguns dos habitantes depois que chamaram a atenção de alguns viajantes interessados em cães pequenos e peludos como animais de companhia. Posteriormente, criadores promoveram acasalamentos com Collies na tentativa de alcançar maior uniformidade de tipo e tamanho. Alguns desses cruzamentos com Collie foram registrados e são bem conhecidos; outros, não.